segunda-feira, 14 de julho de 2008

Entenda os índices de inflação

Postado por Erick Cotta

Uma dúvida comum dos consumidores é por que existem tantos índices para medir a inflação. Para entender as diferenças entre eles, é preciso ter em mente primeiro que o índice é “fictício” – ele mede quanto subiu em um determinado período uma cesta arbitrária de produtos, cada um com um peso determinado.

Quem define como o cálculo é feito – qual será o período, quais os produtos, quanto cada um vai ter de peso – é a instituição responsável pelo índice.

Os mais conhecidos e importantes são feitos por três instituições: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) e pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC); a Fundação Getúlio Vargas, que faz o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10); e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que faz o Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

A existência de índices “alternativos” ao oficial (IPCA) vem da época da hiperinflação, quando os índices oficiais não eram confiáveis. Por isso, outras entidades passaram a fazer suas próprias pesquisas. Hoje, os outros índices servem principalmente como “termômetros”, para antecipar o resultado do IPCA, já que são coletados em períodos diferentes. Além disso, alguns servem para reajustar contratos específicos, como o IGP-M, que costuma ser usado em contratos de locação.

Veja abaixo as principais características de cada índice:

IPCA – Coletado no período de 1º a 30 ou 31 de cada mês, é pesquisado em nove regiões metropolitanas, além do Distrito Federal e Goiânia com famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos.

IPCA-15 – Idêntico ao IPCA, exceto pelo período da coleta, que vai do dia 16 de um mês ao dia 15 do mês seguinte.

INPC – Igual ao IPCA, mas pesquisa apenas famílias com renda de 1 a 6 salários mínimos.

IGP-M – Coletado no período entre o dia 21 de um mês e o dia 20 do mês seguinte; abrange toda a população, e é composto por três subíndices: o IPA, para preços no atacado, o IPC, para preços ao consumidor, e o INCC, para preços da construção civil.

IGP-DI – Igual ao IGP-M, mas coletado do dia 1º ao dia 30 ou 31 de cada mês.

IGP-10 – Igual ao IGP-M, mas coletado do dia 10 de um mês ao dia 10 do mês seguinte.

IPC-Fipe – Coletado do período do dia 1º ao dia 30 ou 31 de cada mês, mede os preços apenas na cidade de São Paulo, para famílias com renda de 1 a 20 salários mínimos.

Fonte: Portal Administradores.com.br
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